segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Surpresa Matutina

Não me peçam para explicar... estava andando hoje pela manhã e escutei um gralhar insistente. De início não prestei atenção. Mas ele não parava. Então, olhei para cima (na direção de onde vinha o som) achando que podia ser um urubu (se bem que nunca achei que urubus emitissem qualquer tipo de som) e para minha surpresa, avistei um TUCANO!!! Ele era enorme, com um bico laranja maior ainda.... E parecia que me olhava. Saquei o celular e tentei tirar uma foto. Mas estava muito longe. Continuei olhando para ele que orgulhoso conseguiu o queria: a minha atenção. E uma vez atingido o objetivo, voou e foi embora.

Um pouco de cor na minha manhã tão cinza e fria...

Coisas belas e inexplicáveis acontecem. É só ter um pouco de fé e atenção...

sábado, 13 de setembro de 2008

Mamma Mia

No final dos anos 70, um dos meus tios, irmão da minha mãe, foi morar em Curitiba. Conheceu uma moça, namorou e casou. A festa do casamento foi de arromba, no tradicional restaurante "Madalosso". Eu tinha aproximadamente 8 anos de idade quando ele casou. Vesti um vestido meio britânico, de manga comprida, xadrez de verde, azul marinho e ocasionais amarelos. Golona branca e fita de cetim verde escuro amarada em laço no meio da gola. Meia-calça e sapato boneca de verniz preto. Por ser em Curitiba, naturalmente fazia muito frio.

O que me recordo vividamente, além do vestido, é que a festa rolou animada até bem tarde. Tocaram todos os sucessos de "ABBA" várias vezes, todo mundo muito animado na pista, cantando alto os refrões mais conhecidos. Como eu era muito menina, numa certa altura quis dormir. Me recostei num sofá meio de madeira e tentei adormecer em meio àquela balbúrdia.

Mamma mia nem bem estreiou no cinema e eu já fui ver. Eu não fazia idéia de que era musical mesmo... Eu nunca fui muito fã de Meryl Streep mas devo admitir que quando ela sai daqueles roteiros muito dramáticos, ela se transforma e aí percebemos o quanto ela é boa atriz. O filme está muitíssimo divertido, valendo muitas gargalhadas. Dá vontade de cantar junto cada hit que se apresenta ao longo da estória. E o final é engraçadíssimo. Vale a pena ver....

Para os mais emotivos, as lágrimas rolam em "The Winner Takes it All":

http://www.youtube.com/watch?v=xK3mVxGfzPY

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Juno

Ontem, finalmente eu consegui ver Juno. Confesso que estava um pouco cética... O filme começou devagarzinho... acho que fiquei um pouco preconceituosa porque escutei a trilha sonora antes e não gostei... mas a estória vai se desenrolando aos poucos, a personagem vai crescendo (dentro do filme, quero dizer, apesar de que literalmente também... rs). E de uma forma leve e divertida, várias questões humanas são apresentadas, desde a sensação do "não pertencer", comum na adolescência, até dúvidas e crises próprias da fase adulta.


Para variar, derramei lágrimas em 3 cenas... Tá certo que isso para mim não é difícil. Tenho uma amiga que é descendente de italianos que se gaba de estar me contagiando com este "jeito de ser". Mas eu vivo dizendo para ela que por debaixo desta aparência plácida "luso-nipônica", eu sempre fui tão italiana quanto ela. Primeiro porque o meu nome é um dos mais comuns na Itália, apesar de meio raro no Brasil, segundo porque eu amo massas de todo tipo e terceiro porque no fundo eu amo um melodrama e uma auto-comiseração.


Sendo assim, diante de tanta sensibilidade, eu praticamente consegui vencer os violõezinhos e gaitinhas da trilha sonora e posso dizer com convicção que AMEI o filme e que recomendo.

Outra dica: o CD de tributo ao Carpenters que aparece numa das cenas é excelente. Eu tenho.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Amizade II



Uma das grandes oportunidades que o Orkut nos proporcionou foi a de reencontrarmos pessoas que conhecemos em uma determinada fase da nossa vida e de revisitarmos aquela época com uma "roupagem" diferente. Definitivamente na adolescência tomamos muitas atitudes equivocadas por pura insegurança ou por vermos as situações não como elas são realmente mas como pensamos que são.


No início eu me frustrei um pouco. A gente acha que tem que reencontrar os amigos pessoalmente e que tem que reviver os momentos daquela época. Não é assim. Até porque a gente mudou um pouco, os amigos também, alguns estão distantes... enfim. Atualmente eu tenho me esforçado para fazer as coisas que eu consigo fazer, sem ilusões. Se não dá para largar tudo, pegar um avião e dar um abraço apertado naquela amiga de infância, então que pelo menos troquemos e-mails, fotos, papos no telefone, scraps no Orkut.

Depois que que reencontrei essas pessoas, já me vi pedindo desculpas por coisas de 20 anos atrás, adicionando pessoas que no colégio eu não tinha nem coragem de conversar, pude ouvir impressões que as pessoas tinham sobre mim que eu nem fazia idéia. E o melhor de tudo, pude resgatar um pouquinho da minha essência, coisas que eu havia esquecido sobre mim mesma.

Uma amiga me disse: essa música me lembra tardes na sua casa. Outra me perguntou: você ainda gosta de Supertramp e Marillion? Toda vez que escuto "Kayleigh" lembro de você. Aí me ocorreu: faz tempo que não escuto Marillion, Marillion com Fish, é claro. E me frustrei um pouco porque não carreguei o álbum "Fugazi" e "Misplaced Childhood" no ipod. Mas tem "La Gazza Ladra", e já dá para matar as saudades...

Agora tá rolando "Jigsaw":

"Stand straight, look me in the eye and say goodbye
Stand straight, we've drifted past the point of reasons why
Yesterday starts tomorrow, tomorrow starts today
And the problem always seems to be were picking up the pieces on the ricochet
This is the ricochet"

http://www.youtube.com/watch?v=JDO_O1CS6d0

Kayleigh:
http://www.youtube.com/watch?v=cwNVfNc1IQM

Lavender:
"A penny for your thoughts my dear,
IOU for your love,
IOU for you love..."
http://www.youtube.com/watch?v=Q7sIzWKHGwQ

Script for a Jester's Tear
http://www.youtube.com/watch?v=gaBjdLQ0LJ0

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

A força de um abraço


Fica um pouco repetitivo falar sobre isso mas no fim das contas parece que ninguém leva a sério. A mulher moderna ficou muito sobrecarregada. Converso com as minhas amigas e todas reclamam da mesma coisa: a gente cuida da casa, faz o supermercado, acorda de madrugada para acudir os filhos, trabalha fora, se mantém bonita (unha, depilação, ginástica), enfim.... tem momentos em que bate o desespero. Junta com a TPM: piorou. E no fundo, o que a gente precisa para aguentar a barra é tão pouco.... muitas vezes basta um abraço. Dia após dia a gente anseia apenas por um abraço. Mas um abraço sincero, de corpo inteiro, daqueles que dá o colo para a gente.... Como o propósito deste blog é conter sempre mensagens positivas, fui buscar uma ajuda para tentar explicar que abraço é esse. E quem sabe a partir daí, a gente comece a receber mais abraços:

extraído de: http://mensagensepoemas.uol.com.br/abraco/significado-do-abraco.html

O que um abraço quer dizer?

Abraços são dados de muitas formas
e com diferentes significados.
Têm abraços que dizem:
"Fico muito contente com a sua amizade..."

Existem abraços que expressam o orgulho
que se sente por alguém especial!...

Também há abraços que dizem:
"Não existe ninguém no mundo igual a você..."

Há abraços doces e ternos
que são dados em momentos de tristeza...
Com um abraço também podemos dizer:
"Sinto muito",
quando alguém está passando por um momento difícil...

Há abraços que damos, para dizer:
"Que bom que você veio",
e outros que dizem:

"Sentirei sua falta quando você estiver longe de mim..."
E não faltam esses abraços perfeitos para fazer as pazes...

E os abraços cheios de carinho,
que nascem do coração...

Como você vê,
existem abraços para diferentes ocasiões;
abraços rápidos e abraços demorados,
um para cada razão...

Porém, de todos os abraços,
o mais carinhoso é aquele que diz:

"Você está sempre no meu pensamento
porque eu te quero muito!"
(E sempre será assim!)

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Dedicado a uma grande amizade

Eu tenho uma amiga, nos conhecemos aproximadamente aos 7 anos de idade. Vivemos tantas coisas juntas... Brincadeiras de criança, escola, desenhamos, lemos, escrevemos poesias, choramos pelos namorados perdidos, compartilhamos os medos e as alegrias do início da fase adulta. Na adolescência, tínhamos um grupinho muito especial, muitas conversas na rua até "altas" horas da noite, jogos de War onde todo mundo roubava tentando esconder da melhor maneira possível as alianças extra-oficiais que iam se formando ao longo do jogo. Quase apanhamos dos meninos no "elevador polonês", assistimos a umas bebedeiras engraçadas, subimos no topo do prédio para ver as estrelas e choramos despedida dentro do memorável Maverick vermelho.

Ela saiu para estudar. Eu saí para trabalhar. Levamos vidas separadas. Mas nossas almas ficaram eternamente ligadas quase como se fôssemos (como ela mesma dizia) irmãs de mães diferentes. Pessoalmente não nos vemos há uns 7 anos mas saber que ela está lá, com sua presença contagiante, sua aura sempre brilhante, me dá conforto e esperança.

Sobre esta experiência de cativar, já divaguei anteriormente. Somos eternamente responsáveis, como o Pequeno Príncipe e a raposa. E as pessoas importantes para nós, sempre voltam:

"Amo a liberdade, por isso...
Deixo as coisas que amo livres ...
Se elas voltarem é porque as conquistei,
Se não voltarem é porque nunca as possuí. "
John Lennon

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Sobre a gentileza...



Estava buscando inspirações a respeito da gentileza e me deparei com este belo texto de Miguel Falabella. Mais carioca impossível.... Qual carioca nunca curtiu o frescor da manhã antes do sol sair... e muitos tiveram a oportunidade de observar os peculiares escritos nas colunas de sustentação dos viadutos.... Ainda bem que existem pessoas que lembram e contam essas histórias... As minhas reflexões não eram exatamente a respeito do Profeta Gentileza mas nem precisei ler mais nada já que sobre o tema ele já tinha resumido tudo: "Gentileza gera gentileza".



NUVENS DO PROFETA GENTILEZA
Miguel Falabella


Eu vinha dirigindo pela enseada de Botafogo, o dia tinha nascido sobre o desfile da Beija-Flor e a manhã soprou uma brisa fresca, antes de o Sol inundar tudo. Mas lá vinha eu, cansado, de janela aberta, sorvendo o ar da minha cidade, feliz da vida, quando apertei a tecla errada no aparelho de som e, ao invés de entrar o samba da Grande Rio,
Ella Fitzgerald surgiu cantando Cole Porter, com aquela doçura e categoria de sempre. Imediatamente, o mundo mudou lá fora, minha cabeça deu uma guinada violenta e o olhar foi redirecionado. Ela mal começou a cantar e o olhar foi redirecionado. Música faz isso com a gente, às vezes.
Música nos atira para o ar de repente, sem aviso. É isso. Rouba o chão e estende um tapete de nuvens no lugar. Ella Fitzgerald fez isso, esta manhã, quando eu dirigia pela enseada de Botafogo, achando linda a minha cidade, imaginando o que será dela num futuro que eu não verei. Um futuro distante, quando arqueólogos importantes recuperarão parte dos grandes blocos de concreto com as inscrições do profeta Gentileza, aquelas mesmas que me acostumei a ler e reler nas idas e vindas da Ilha. A beleza gráfica das letras e a composição de suas profecias, de suas palavras de amor. E simplesmente apagaram tudo. Não tiveram sequer o bom senso de perguntar a nós, moradores da cidade, para quem as palavras eram dirigidas. Junto com as palavras de Gentileza, afogados na tinta do poder, vão-se pedaços das minhas viagens e dos meus sonhos, sacolejando nos ônibus, o olhar perdido na feia paisagem da Avenida Brasil, os olhos adolescentes projetando seus sonhos no comprido muro do cemitério do Caju. Tudo apagado. Por um tempo, talvez. Quem sabe, por esses misteriosos descaminhos, aquelas não sejam tábuas de uma grande religião do futuro, preservadas sob a tinta que um dia quis destruí-las. Sei lá, pode ser que aconteça. E pode ser também que tudo desapareça num tapete de nuvens. Mas prefiro acreditar nos mistérios que a vida volta e meia oferece.
Enfim, lembrei da obra de Gentileza e do belo enredo de Joãosinho Trinta e fui colocar o samba da escola para sacudir a manhã, quando deu-se a melódia. Ella começou a cantar e meu corpo cansado parou, enquanto a alma, cheia das alegrias da noite de batuque, virou de cabeça para baixo e, de repente, eu voando nos ares da harmonia, imaginei que nossas existências são desfiles, com grandes carros alegóricos, um para cada evento importante do nosso enredo. E o dia foi passando com mais vagar pela janela, até a brisa segurou a respiração para que alguns dos carros mais delicados passassem pela avenida à beira mar. Congelou-se a imagem daquele momento, a fotografia para sempre guardada nos anais do tempo.
E, na cabeça, eu ia repassando algumas das mensagens que recebi por causa da tal revisita a um dia escolhido, que eu propus na última crônica. Como de hábito, meus leitores se inspiraram e eu tenho recebido poesia de toda parte, pedaços de lembrança, retalhos de vidas, que de alguma forma tento costurar para dar sentido à minha. O nosso patchwork particular. As lembranças de vocês iam se desenrolando na minha cabeça, um grande desfile, carros passando em câmera lenta, Ella cantando ao fundo e o Rio de Janeiro abrindo as cortinas do dia e deixando o sol entrar. Foi assim, esta manhã.
Dormi quase o dia inteiro, um sono picado, besta, de quem parece que tem medo de sonhar. Acordando toda hora, achando que ainda não tinha descansado o bastante, e volta e meia lembrando de um relato, de uma lembrança de alguém, que de longe me ajuda, agora, a escrever esta crônica. Não consegui dormir direito, no final das contas, enquanto o dia corria célere lá fora, ao encontro das luzes do segundo dia. Fiquei zanzando pela casa vazia e acabei sentado no computador, recebendo novas mensagens, mais corações rebentando em flor e gente que fala bonito e pensa bonito e eu vou lendo como quem se ilustra. Acabei marcando todas as mensagens que vocês me enviaram e quero ver se consigo realmente fazer uma crônica que seja uma colcha dos retalhos de todos os nossos corações urbanos (ou, pelo menos, os desses encontros às quintas-feiras). Não sei ainda de que jeito, mas uma hora, assim como quem não quer nada, eu me inspiro.
E, já que todos confessaram tão despudoramente suas preferências, sinto-me na obrigação de compartilhar igualmente meus segredos, de modo que, muito aqui entre nós, se me dado fosse este direito, o dia que revisitaria seria aquele mais comum, um dia de semana qualquer. Nada especial. Apenas um brilho verde nos olhos, um meio sorriso no canto da boca e uma promessa de amor no ar. Esse dia seria o revisitado.
Se me dado fosse esse direito.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Bernardo está chegando...


Um filho é uma benção, a verdadeira felicidade. E que bom que a gente pode reviver esta alegria através dos amigos...

Bernardo está chegando e vai ganhar um quarto com tema de barco. Fotografei a cortina, as almofadas e usei meus dons de desenhista para reproduzir os desenhos neste quadro que ficará no quarto dele. Até que eu levo jeito, não?!

Eu usei papéis Repeteco, Metallik, cardstocks Bazzil, mat DCWV, letras cortadas na Cuttlebug (alfabeto Olivia).

Estou trabalhando no segundo quadro.... Acho que vai ficar fofo.