quinta-feira, 23 de setembro de 2010

C.R.A.Z.Y.

Há algum tempo atrás vi o trailer desse filme e registrei em algum ponto da minha mente que queria assisti-lo mas esqueci, como tem sido de costume ultimamente. Felizmente vi o cartaz do filme novamente e corri para procurá-lo.

O filme é canadense. Para os amantes da língua francesa, devo observar sem nenhuma arrogância, que já tinha visto filmes canadenses antes mas não me lembro de ter notado naquelas ocasiões, o quanto a pronúncia canadense soa peculiar para quem está acostumado ao sotaque da França. Eu me apeguei mais do que o normal às legendas.

De concreto, devo dizer que recomendo fortemente o filme, principalmente para quem foi adolescente nos anos 80. Existe uma coisa que é comum a qualquer adolescente que é o de cultivar ou mesmo cultuar artistas queridos. E existe algo além, mágico, que é poder observar outros agindo da mesma forma como você agia quando era adolescente. Resgatar aquelas músicas e capas de vinil que a gente tanto amava. A letra cantada, o fundir de música e emoção, mesmo que não sejam as emoções que vão por dentro do personagem, as mesmas que nos dominavam.

Os temas tocados pelo filme não são exatamente originais mas são abordados com sensibilidade e cor. Vemos desfilar uma fileira de personagens e dramas próprios, conflitos e dor, mas a beleza da filmagem, do figurino, da trilha sonora, da cenografia, torna tudo tão interessante, que a dor quase nem dói de verdade. Fica de saldo o que a gente deve levar na vida, que são os bons sentimentos, aquilo que a gente deve valorizar: o amor, pois na vida não é possível não sofrer, mas também não é possível não amar.