quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O medo e o caminho

Eu já tive muito medo. Medo de muita coisa, em geral.

Me peguei hoje analisando que medos, ainda os tenho, porém muito menos. E que o que me fez ter menos medo foi a experiência. Parece óbvio, né? Nem tanto assim. Muita gente vive uma vida inteira com medo.

Me ocorreu nessa reflexão que de uma forma bem simplista, essa superação é como a dos caminhos desconhecidos. Sem metáforas nesse momento: caminhos de verdade. Como quando a gente pega um ônibus ou vai dirigindo por uma estrada, e por dentro aquele desconforto, sem saber o que vem pela frente. Ao final da jornada, chegando seguro ao destino, a gente se dá conta de que o desconforto foi embora. E ao atravessar novamente a mesma estrada, o medo pode vir bem de fininho ou nem vir mais. Por que a gente já sabe onde ela vai dar. E conhecida a estrada, se a viagem é agradável, a gente se sente motivado a ir por outras, a desbravar mais caminhos.

Importante é lembrar que os caminhos, se de nossa escolha, não precisam ser extenuantes. Violência pessoal causa trauma e não vitória. Percorrer os caminhos, do tamanho da nossa perna, onde a nossa coragem alcançar. E não desistir de percorrê-los. É assim que se vence o medo.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Personagem

Quando escrevo, sou quem eu quero ser.
Sinto o que quero sentir.
Invento, reinvento.

Quando escrevo, pinto o mundo de cor-de-rosa.
Ou de azul.
Ou coloco o preto no branco, se preferir.

Quando escrevo, recordo e repito.
Ou modifico.
Cabe a mim decidir.

Quando escrevo, penso antes de escrever.
E se me arrependo, apago.
O meu erro, eu reparo.

Quando escrevo, aquieto a minha mente.
Vazo para o papel o que a cabeça transborda.
E melhoro.

Quando escrevo, chorando, falo sobre o sorriso.
Sonho com um futuro melhor.
Reciclo o passado, surpreendo.

Quando escrevo, sou eu mesma e ao mesmo tempo não sou.
Opino, enlouqueço, aborreço.
E assim vou.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Nova paixão - Glee


Faz tempo que eu declaro aqui o meu amor por seriados. Estou particularmente satisfeita com os episódios da 4a. temporada de The Big Bang Theory. Vale a pena conferir o 2o. episódio: LOL.

Uma grande amiga minha, fã de Gilmore Girls e com a qual eu converso da mesma forma neurótica e difusa, me alertou há algum tempo sobre Glee. A dica veio num momento não muito colorido de minha vida, no qual eu estava sofrendo uma pequena depressão, fruto do mal funcionamento da minha tireóide. Problema detectado, consegui, apesar das dolorosas (de verdade) provas que a vida nos coloca, me abrir para a possibilidade de um novo seriado e devo dizer que não decepcionou.

Glee é divertido, sarcástico, obsessivo e perfeccionista. Cores perfeitas, tomadas perfeitas e artísticas, números musicais perfeitos. O mundo de "cheer leaders e misfits" é permeado por piadinhas referenciando temas polêmicos como o "american dream", a diversidade cultural, a competitividade exacerbada, o deficiente sistema de saúde americano, a corrida para o ingresso na universidade, o preconceito, republicanos e democratas, guerra do Iraque e do Golfo, crise financeira... bom, são tantos temas polêmicos mesmo que pincelados sutilmente, que vou parando por aqui.

Comecei a assistir e foram 7 episódios de uma vez só. Os números musicais são fascinantes e revisitam muitos temas dos anos 80. Vale a pena conferir, mesmo que a Rachel, a moreninha que deve se tornar a queridinha do seriado, grite um pouco demais às vezes. O Terra tem disponibilizado 4 episódios por semana, para quem tiver muita curiosidade, no canal Glee.