domingo, 27 de novembro de 2011

Livros

Comprei este livro faz mais de 1 mês na Livraria Cultura. Me pareceu daqueles achados. Daquelas peças preciosas que de repente aparecem na seção de descontos. Coloquei na minha chique mesa de vidro como pede a mais correta das publicações de decoração.

Ocorre que coloquei lá e nem li. Hoje, num almoço frugal e solitário, resolvi folheá-lo ao lado de meia garrafa de vinho argentino, da uva Pinot Noir. Não sei se foi a influência do vinho ou se charme próprio, mas imediatamente me encantei com o conteúdo. Bela fotografia, texto bem cuidado, como todo bom obsessivo, já comecei uma nova lista. Aquela dos livros a ler. Como se me faltassem listas.

Foi num livro de Clarice Lispector, descrito neste livro, que me chamou a atenção a recomendação: leitura vagarosa. Eu, nos meus ímpetos e conceitos de pseudointelectual, sempre achei que a gente tivesse que entender tudo muito rápido e de primeira vez. tem que mostrar ser inteligente! Mas ao longo da vida fui quebrando muitos paradigmas autoimpostos. E do alto dos meus 40 anos, entendi finalmente que livro não precisa ser lido rápido. A gente pode simplesmente saborear. E se não entender de cara, que problema tem? Ninguém além de nós mesmos a julgar. Ler de novo, e de novo, até entender. É o que venho praticando ultimamente. Mesmo sem a permissão alheia, senti necessidade, num denso volume que venho tentando desbravar, de ler e ler, repetidas vezes até entender e absorver. E agora, mais do que nunca, lerei cem vezes, se for necessário, até julgar necessário prosseguir, já que me foi aprovado ler vagarosamente.

Fica aqui a recomendação.