quinta-feira, 28 de agosto de 2008

A força de um abraço


Fica um pouco repetitivo falar sobre isso mas no fim das contas parece que ninguém leva a sério. A mulher moderna ficou muito sobrecarregada. Converso com as minhas amigas e todas reclamam da mesma coisa: a gente cuida da casa, faz o supermercado, acorda de madrugada para acudir os filhos, trabalha fora, se mantém bonita (unha, depilação, ginástica), enfim.... tem momentos em que bate o desespero. Junta com a TPM: piorou. E no fundo, o que a gente precisa para aguentar a barra é tão pouco.... muitas vezes basta um abraço. Dia após dia a gente anseia apenas por um abraço. Mas um abraço sincero, de corpo inteiro, daqueles que dá o colo para a gente.... Como o propósito deste blog é conter sempre mensagens positivas, fui buscar uma ajuda para tentar explicar que abraço é esse. E quem sabe a partir daí, a gente comece a receber mais abraços:

extraído de: http://mensagensepoemas.uol.com.br/abraco/significado-do-abraco.html

O que um abraço quer dizer?

Abraços são dados de muitas formas
e com diferentes significados.
Têm abraços que dizem:
"Fico muito contente com a sua amizade..."

Existem abraços que expressam o orgulho
que se sente por alguém especial!...

Também há abraços que dizem:
"Não existe ninguém no mundo igual a você..."

Há abraços doces e ternos
que são dados em momentos de tristeza...
Com um abraço também podemos dizer:
"Sinto muito",
quando alguém está passando por um momento difícil...

Há abraços que damos, para dizer:
"Que bom que você veio",
e outros que dizem:

"Sentirei sua falta quando você estiver longe de mim..."
E não faltam esses abraços perfeitos para fazer as pazes...

E os abraços cheios de carinho,
que nascem do coração...

Como você vê,
existem abraços para diferentes ocasiões;
abraços rápidos e abraços demorados,
um para cada razão...

Porém, de todos os abraços,
o mais carinhoso é aquele que diz:

"Você está sempre no meu pensamento
porque eu te quero muito!"
(E sempre será assim!)

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Dedicado a uma grande amizade

Eu tenho uma amiga, nos conhecemos aproximadamente aos 7 anos de idade. Vivemos tantas coisas juntas... Brincadeiras de criança, escola, desenhamos, lemos, escrevemos poesias, choramos pelos namorados perdidos, compartilhamos os medos e as alegrias do início da fase adulta. Na adolescência, tínhamos um grupinho muito especial, muitas conversas na rua até "altas" horas da noite, jogos de War onde todo mundo roubava tentando esconder da melhor maneira possível as alianças extra-oficiais que iam se formando ao longo do jogo. Quase apanhamos dos meninos no "elevador polonês", assistimos a umas bebedeiras engraçadas, subimos no topo do prédio para ver as estrelas e choramos despedida dentro do memorável Maverick vermelho.

Ela saiu para estudar. Eu saí para trabalhar. Levamos vidas separadas. Mas nossas almas ficaram eternamente ligadas quase como se fôssemos (como ela mesma dizia) irmãs de mães diferentes. Pessoalmente não nos vemos há uns 7 anos mas saber que ela está lá, com sua presença contagiante, sua aura sempre brilhante, me dá conforto e esperança.

Sobre esta experiência de cativar, já divaguei anteriormente. Somos eternamente responsáveis, como o Pequeno Príncipe e a raposa. E as pessoas importantes para nós, sempre voltam:

"Amo a liberdade, por isso...
Deixo as coisas que amo livres ...
Se elas voltarem é porque as conquistei,
Se não voltarem é porque nunca as possuí. "
John Lennon

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Sobre a gentileza...



Estava buscando inspirações a respeito da gentileza e me deparei com este belo texto de Miguel Falabella. Mais carioca impossível.... Qual carioca nunca curtiu o frescor da manhã antes do sol sair... e muitos tiveram a oportunidade de observar os peculiares escritos nas colunas de sustentação dos viadutos.... Ainda bem que existem pessoas que lembram e contam essas histórias... As minhas reflexões não eram exatamente a respeito do Profeta Gentileza mas nem precisei ler mais nada já que sobre o tema ele já tinha resumido tudo: "Gentileza gera gentileza".



NUVENS DO PROFETA GENTILEZA
Miguel Falabella


Eu vinha dirigindo pela enseada de Botafogo, o dia tinha nascido sobre o desfile da Beija-Flor e a manhã soprou uma brisa fresca, antes de o Sol inundar tudo. Mas lá vinha eu, cansado, de janela aberta, sorvendo o ar da minha cidade, feliz da vida, quando apertei a tecla errada no aparelho de som e, ao invés de entrar o samba da Grande Rio,
Ella Fitzgerald surgiu cantando Cole Porter, com aquela doçura e categoria de sempre. Imediatamente, o mundo mudou lá fora, minha cabeça deu uma guinada violenta e o olhar foi redirecionado. Ela mal começou a cantar e o olhar foi redirecionado. Música faz isso com a gente, às vezes.
Música nos atira para o ar de repente, sem aviso. É isso. Rouba o chão e estende um tapete de nuvens no lugar. Ella Fitzgerald fez isso, esta manhã, quando eu dirigia pela enseada de Botafogo, achando linda a minha cidade, imaginando o que será dela num futuro que eu não verei. Um futuro distante, quando arqueólogos importantes recuperarão parte dos grandes blocos de concreto com as inscrições do profeta Gentileza, aquelas mesmas que me acostumei a ler e reler nas idas e vindas da Ilha. A beleza gráfica das letras e a composição de suas profecias, de suas palavras de amor. E simplesmente apagaram tudo. Não tiveram sequer o bom senso de perguntar a nós, moradores da cidade, para quem as palavras eram dirigidas. Junto com as palavras de Gentileza, afogados na tinta do poder, vão-se pedaços das minhas viagens e dos meus sonhos, sacolejando nos ônibus, o olhar perdido na feia paisagem da Avenida Brasil, os olhos adolescentes projetando seus sonhos no comprido muro do cemitério do Caju. Tudo apagado. Por um tempo, talvez. Quem sabe, por esses misteriosos descaminhos, aquelas não sejam tábuas de uma grande religião do futuro, preservadas sob a tinta que um dia quis destruí-las. Sei lá, pode ser que aconteça. E pode ser também que tudo desapareça num tapete de nuvens. Mas prefiro acreditar nos mistérios que a vida volta e meia oferece.
Enfim, lembrei da obra de Gentileza e do belo enredo de Joãosinho Trinta e fui colocar o samba da escola para sacudir a manhã, quando deu-se a melódia. Ella começou a cantar e meu corpo cansado parou, enquanto a alma, cheia das alegrias da noite de batuque, virou de cabeça para baixo e, de repente, eu voando nos ares da harmonia, imaginei que nossas existências são desfiles, com grandes carros alegóricos, um para cada evento importante do nosso enredo. E o dia foi passando com mais vagar pela janela, até a brisa segurou a respiração para que alguns dos carros mais delicados passassem pela avenida à beira mar. Congelou-se a imagem daquele momento, a fotografia para sempre guardada nos anais do tempo.
E, na cabeça, eu ia repassando algumas das mensagens que recebi por causa da tal revisita a um dia escolhido, que eu propus na última crônica. Como de hábito, meus leitores se inspiraram e eu tenho recebido poesia de toda parte, pedaços de lembrança, retalhos de vidas, que de alguma forma tento costurar para dar sentido à minha. O nosso patchwork particular. As lembranças de vocês iam se desenrolando na minha cabeça, um grande desfile, carros passando em câmera lenta, Ella cantando ao fundo e o Rio de Janeiro abrindo as cortinas do dia e deixando o sol entrar. Foi assim, esta manhã.
Dormi quase o dia inteiro, um sono picado, besta, de quem parece que tem medo de sonhar. Acordando toda hora, achando que ainda não tinha descansado o bastante, e volta e meia lembrando de um relato, de uma lembrança de alguém, que de longe me ajuda, agora, a escrever esta crônica. Não consegui dormir direito, no final das contas, enquanto o dia corria célere lá fora, ao encontro das luzes do segundo dia. Fiquei zanzando pela casa vazia e acabei sentado no computador, recebendo novas mensagens, mais corações rebentando em flor e gente que fala bonito e pensa bonito e eu vou lendo como quem se ilustra. Acabei marcando todas as mensagens que vocês me enviaram e quero ver se consigo realmente fazer uma crônica que seja uma colcha dos retalhos de todos os nossos corações urbanos (ou, pelo menos, os desses encontros às quintas-feiras). Não sei ainda de que jeito, mas uma hora, assim como quem não quer nada, eu me inspiro.
E, já que todos confessaram tão despudoramente suas preferências, sinto-me na obrigação de compartilhar igualmente meus segredos, de modo que, muito aqui entre nós, se me dado fosse este direito, o dia que revisitaria seria aquele mais comum, um dia de semana qualquer. Nada especial. Apenas um brilho verde nos olhos, um meio sorriso no canto da boca e uma promessa de amor no ar. Esse dia seria o revisitado.
Se me dado fosse esse direito.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Bernardo está chegando...


Um filho é uma benção, a verdadeira felicidade. E que bom que a gente pode reviver esta alegria através dos amigos...

Bernardo está chegando e vai ganhar um quarto com tema de barco. Fotografei a cortina, as almofadas e usei meus dons de desenhista para reproduzir os desenhos neste quadro que ficará no quarto dele. Até que eu levo jeito, não?!

Eu usei papéis Repeteco, Metallik, cardstocks Bazzil, mat DCWV, letras cortadas na Cuttlebug (alfabeto Olivia).

Estou trabalhando no segundo quadro.... Acho que vai ficar fofo.