Existe aquele conceito de alma que muitos tentam classificar ou explicar. De Platão a Allan Kardec, seja no Hinduísmo ou na Cabala, muitos acreditam existir dentro da gente aquela centelha que não faz parte exatamente de nosso corpo físico. Algo que em teoria poderia continuar vivo, uma vez morto o invólucro - a parte material que nos compõe. De minha parte posso dizer que isso eu sinto, desde sempre, sem que para isso precisassem colocar tanta regra. Espírito, alma, anima, seja como queiram chamar, existe dentro de mim a certeza de algo maior, de uma força interna que me rege e que pode estar aqui, no passado ou no futuro, em lugares imateriais e simultâneos, com outros que cá ainda estão ou que já se foram. Essa essência que se transporta sozinha, no momento em que ouve uma música, no calado de um escritório vazio, num dia pré-chuvoso, e que no mesmo estante está no Rio antigo da avó querida, jovem ou já velhinha, que tanto gostava dessa música em particular ou mesmo numa abafada sala de piano com a saudosa mestre que mesmo sem conhecer, dividia as mesmas lembranças.
Brejeiro e Apanhei-te Cavaquinho de Ernesto Nazareth em majestosa execução.
Nenhum comentário:
Postar um comentário