quarta-feira, 18 de maio de 2011

Pequenos Espaços


Meu quarto sempre foi, até uma certa idade adulta, o meu lugar sagrado. O meu cantinho de leituras, reflexão, de ouvir música e olhar através da janela. O lugar onde nada me parecia errado (a não ser que estivesse muito bagunçado, pois não suporto bagunça) e onde eu gostava de me refugiar.

Houve tempo na minha vida em que me senti roubada desse santuário. Tudo começou a me parecer muito complicado, como diria o André, "fiquei obesa por dentro" (adorei essa frase, acho que nunca esquecerei, pois entendi bem a sensação).

Comecei a analisar e percebi que o motivo de minha aflição foi o excesso de coisas que eu havia colocado em minha vida. E foi então, lá atrás, quando me senti tão aflita, que percebi que eu era feliz dentro do meu quarto. Do meu quarto antigo, aquele que abrigava meus livros e meus discos (que então ainda eram de vinil). Minhas roupas, minhas lembranças. Não que eu achasse tudo de adquirido desnecessário, mas foi quando percebi o quanto o excesso de coisas me tornava infeliz. Já escrevi outras vezes sobre isso. Sobre contas a pagar, suporte tecnológico, ou mesmo quantidade de lâmpadas a trocar. Coisas que acontecem quando a gente tem mais do que precisa. A gente puxa muita responsabilidade para si. Eu sou muito grata por tudo que conquistei. Mas sou partidária dos ajustes. De viver, analisar e mudar o que for preciso.

Hoje eu vivo de forma a simplificar a minha vida. Jogar ou doar objetos sem uso, questionar compras e qualquer utilidade moderna. Reconheço que ainda estou longe de ser "magra por dentro" e por fora, pois ainda me cerco de muita coisa desnecessária, mas persigo esse intento de um dia, ter exatamente as coisas que eu preciso. Na medida certa. Esperando assim viver melhor e contribuir para um mundo melhor (falando assim parece que eu sou super certinha, mas não sou. Eu tento).

Bom, falei de tudo isso para introduzir um post que eu achei muito interessante. Pessoas que chegaram à conclusão de que não precisavam de mansões para serem felizes, que ficaram felizes em ter seu pequeno espaço organizado a gosto próprio, privilegiando os hábitos que mais apreciam: Tiny Apartments. E os argumentos que a Sam coloca são interessantíssimos. Vale a pena conferir e refletir.

Um comentário:

Beth Blue disse...

Meu quarto é assim: pequeno e aconchegante. E todo cor-de-rosa (pintei uma das paredes de rosa, as outras ficaram brancas).

Meu oásis de paz, onde leio meus livros, assisto meus filmes e seriados e...durmo!

Por falar em quarto, passa lá no meu blog de scraps pra ver a casinha de bonecas que eu fiz!!! Você vai gostar :-)

beijos