domingo, 29 de novembro de 2009

Scrapbook - Eu fiz uma caixa!





Tava com uma caixinha de madeira guardada desde o Scrapbooking Show para ver se me animava a fazer. O problema é que eu não gosto muito de tinta, não sei pintar direito. Mas na caixinha de scrapbook dá para fazer um estilo mais rústico e o principal a gente cobre com o papel, então a minha pintura fica, digamos assim, aceitável.

Nesta caixa eu utilizei tinta Mural, flores American Crafts e Prima Flowers, bailarinas Making Memories e papel Bo Bunny linha Back to Backs.

Gostei do resultado.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Politicamente correta

Fora os radicalismos. Ninguém vai me ver hasteando bandeira do Green Peace ou algo parecido. Mas uma coisa sobre a qual eu sempre refleti, desde muito tempo, é sobre a quantidade de lixo que geramos. Digamos que bem antes de se falar tanto sobre Reciclagem ou Reutilização, eu já pensava sobre isso. Não que eu seja uma pessoa visionária ou algo assim. Talvez seja reflexo de um pouco da minha personalidade que pode se tornar por vezes excessivamente metódica e controladora.

Enfim. Quem faz artesanato acaba se tornando uma lixeirinha ambulante. Lixeirinhas mais ou menos organizadas. Volta e meia eu me pego guardando etiquetas de roupa com um material ou formato interessante, embalagens diferentes. Recentemente eu fiz o quadrinho que se vê abaixo lado, utilizando papel ondulado branco de embalagem de biscoito (pena que na foto não ficou muito nítido), uma redinha de plástico preta e a cartolina marrom que veio na etiqueta de uma roupa. O papel do fundo é "Doodlebug" e os apliques de instrumentos de mdf.


Sobre o olhar


Tava vendo no outro dia a 3a. temporada de 30 Rock e Jack, um bem sucedido, ambicioso e eticamente- questionável empresário da GE pergunta ao office-boy Kenneth, que seria a versão masculina de Poppy de "Happy-go-lucky", entretanto infinitamente menos irritante:

"Oh Kenneth, how would it be if I could see the world through your eyes?".

Essa é uma expressão que me emociona. "Ver o mundo através dos olhos de outra pessoa". O olhar por si só é algo emocionante; o quanto enxergamos no outro através dos olhos. E essa expressão, particularmente, me soa bastante poética. Não sei se já existia corriqueiramente no inglês ou se foi lançada pelo hit do Supertramp; a questão é que não só soa bonito imaginar o mundo com um colorido mais belo através do olhar de outra pessoa, quando nos sentimos incapacitados de nos encantar com as belezas da vida, como surpreende o fato de que para uma mesma situação, possam existir olhares e interpretações tão diversas.

O personagem de 30 Rock, Jack, lança a frase num arroubo de nostalgia. Após assistir um filme de seu aniversário de criança, onde fica registrado um momento de pura felicidade ao abrir um presente. Ele se dá conta de que Kenneth, apesar de adulto, não perdeu o olhar infantil, de quem se alegra com as pequenas coisas da vida. E que não fica buscando motivo para se sentir infeliz.
Do olhar para a vida: fiquei tentando entender quando e porque a gente perde o olhar da criança.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Happy-go-lucky - Simplesmente Feliz


Peço desculpas por me permitir ao menos algumas vezes me expressar de forma mau-humorada neste blog que por essência é alto-astral, positivamente reflexivo, tendendo no máximo a alguma melancolia passageira.

Assisti este filme ontem. Gosto de mudar o foco e perceber realidades diferentes das minhas. Diferentes paisagens e modos de vida. Para mim não é novidade observar temáticas sobre os problemas sociais ingleses. A falta de perspectiva dos jovens, drogas, conflitos raciais, a vida pouco glamourosa da "plebe". Vários filmes já abordaram esses problemas. Em "Happy-go-lucky", nada disso é tratado diretamente mas a gente percebe uma leve pincelada já que o propósito mesmo é mostrar como a personagem principal vive feliz, a despeito de tudo e de todos.

Apesar de inusitado, eu me senti particularmente irritada com o comportamento de Poppy. Fiquei refletindo sobre isso e não consegui concluir se sou essencialmente diferente dela, ou seja, incapaz de me alegrar com pouco ou se de fato me alegro com várias coisas mas que a forma de Poppy agir não é necessariamente de uma pessoa feliz, e sim, de uma pessoa quase idiótica. Ser feliz, permanecer feliz, não implica diretamente em rir e fazer piadas a todo momento, quase de forma hiperativa. Fiquei pensando que para ser feliz assim, prefiro ser feliz à minha maneira. Menos risonha e mais reservada.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Lógica e Sentimento

Pensando logicamente, não faria sentido que conseguíssemos controlar nossos sentimentos através da lógica? Quero dizer: se conseguimos concluir que certas coisas são inevitáveis ou que fogem ao nosso controle, que sentido faz a gente se preocupar ou pensar incessantemente sobre elas, por exemplo?

Parece existir uma regra subliminar de que a lógica pode excluir ou minorar o sentimento. Uma certa tendência a achar que quem é lógico, é frio. Deve ser porque a gente associa a lógica à sabedoria e os sábios a figuras plácidas e impassíveis. Ora, quase sempre o que o sábio nos fala é lógico, seja ele oriental, grego ou sci-fi. Mas daí a afirmar que quem é lógico é impassível, a recíproca não é verdadeira. Seria o motivo da impassividade controle de sentimento ou austeridade?

O benefício da ignorância: às vezes, fico pensando, é melhor não saber, não concluir, do que conhecer demais. Porque conhecendo, elabora-se e elaborando é que a imaginação entra, confundindo toda a lógica. Não seria sob esse aspecto então a lógica, no plano imaginário, inesperadamente próxima ao sentimento? Sim, existe mesmo o benefício de não calcular, de não refletir. O estado mais primitivo, mais puro do pensamento e do sentimento. A simplicidade e a proximidade com o ser real. Se é que existe de fato a realidade.