Estava lendo no outro dia um livro chamado "Deus usa batom" de Karen Berg. Esse livro fala sobre a Cabala com um enfoque para mulheres. Acredito que a espiritualidade, independentemente da linha adotada, é necessária na vida de todos. Eu sempre busquei a minha, lamento dizer que nunca no grau de maturidade e disciplina que eu gostaria de atingir. Mas saber que pelo menos eu penso no assunto, que pelo menos a consciência existe, isso me traz um mínimo de conforto. No outro dia uma amiga me escreveu: "não se martirize". E é este um dos grande ensinamentos que eu preciso aprender e interiorizar. Martirizar-se não soluciona nada.
Voltando ao livro, existem muitos ensinamentos bacanas e que considero lógicos. Práticas que eu já entendi há muito tempo atrás serem necessárias. Leio esses livros, me identifico, mas no fundo vem uma frustração (olha eu me martirizando de novo). Eu não me conformo com a distância que existe entre aquilo que a gente considera bom e que a gente gostaria de aplicar de forma consistente na vida com o que a gente realmente consegue por em prática. Creio que um dos grandes mistérios da vida está em encontrar a chave da reprogramação de nossos pensamentos e ações. Por mais que a gente saiba que determinada atitude não faz bem (vou me isentar aqui da classificação de certo ou errado), isso infelizmente não previne a atitude em si. A gente não gosta, sabe que o resultado não vai ser bom mas continua fazendo do mesmo jeito.
Sabe o que me frustra mais? Tem coisas que a gente faz por inconsciência. Digamos assim, que até tem uma certa desculpa. E aquilo que a gente tem consciência a respeito mas não consegue controlar? Talvez o controle seja o pior de tudo. Sempre digo que a situação ideal é quando algo se torna um hábito bom. Você não precisa se forçar àquilo. Você simplesmente faz. Aquilo já se tornou parte de você. O controle, especialmente em pessoas explosivas, parece ter o efeito contrário ao desejado. Me parece que o controle leva em algum ponto ao descontrole. Vem um gatilho e "buuummmm", lá se foi pelos ares o controle. E pior, parece que com mais força do que se não tivesse ocorrido uma tentativa de evitar.
Gatilho. Sim, percebi que existem gatilhos. Frases, repetições externas. Coisas que nos incomodam e que a gente não tem como mudar. Não dá para fugir, não dá para calar. Não dá para evitar. E a gente tem que aprender de alguma forma (que forma será essa?) a aceitar. Aquilo que nos incomoda, não necessariamente está errado. Às vezes não dá nem para mensurar ou classificar. Simplesmente incomoda. E ninguém, aí que está o mais difícil de tudo, a não ser nós mesmos, vai conseguir solucionar. "Para toda ação existe uma reação". Eu gostaria sinceramente que a reação não fosse eternamente a mesma disparada pela ação. E que a intensidade, como na equação física, fosse na medida do possível, proporcional.
2 comentários:
Ói Lilly,
acho que preciso ler esse livro.
Eu gostaria de melhorar muita coisa em mim, principalmente aquelas que sei que é errado e não consigo mudar, assim como tem coisas que não consigo conter. Tô escrevendo um post justamente sobre isso 'equilibrio emocional', o que me falta kkkk
bjsssssss
Creio que um dos grandes mistérios da vida está em encontrar a chave da reprogramação de nossos pensamentos e ações. Por mais que a gente saiba que determinada atitude não faz bem (vou me isentar aqui da classificação de certo ou errado), isso infelizmente não previne a atitude em si. A gente não gosta, sabe que o resultado não vai ser bom mas continua fazendo do mesmo jeito.
É por isso que a terapia cognitiva e programação neuro-linguística tem feito tanto sucesso! A gente tem de começar pelo começo, tentar mudar os padrões de pensamento antes de agir.
Primeiro o pensamento, depois a ação...falando assim até parece fácil ;-)
beijos transatlânticos...
Postar um comentário