quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O medo e o caminho

Eu já tive muito medo. Medo de muita coisa, em geral.

Me peguei hoje analisando que medos, ainda os tenho, porém muito menos. E que o que me fez ter menos medo foi a experiência. Parece óbvio, né? Nem tanto assim. Muita gente vive uma vida inteira com medo.

Me ocorreu nessa reflexão que de uma forma bem simplista, essa superação é como a dos caminhos desconhecidos. Sem metáforas nesse momento: caminhos de verdade. Como quando a gente pega um ônibus ou vai dirigindo por uma estrada, e por dentro aquele desconforto, sem saber o que vem pela frente. Ao final da jornada, chegando seguro ao destino, a gente se dá conta de que o desconforto foi embora. E ao atravessar novamente a mesma estrada, o medo pode vir bem de fininho ou nem vir mais. Por que a gente já sabe onde ela vai dar. E conhecida a estrada, se a viagem é agradável, a gente se sente motivado a ir por outras, a desbravar mais caminhos.

Importante é lembrar que os caminhos, se de nossa escolha, não precisam ser extenuantes. Violência pessoal causa trauma e não vitória. Percorrer os caminhos, do tamanho da nossa perna, onde a nossa coragem alcançar. E não desistir de percorrê-los. É assim que se vence o medo.

7 comentários:

Anônimo disse...

É incrivel como somos parecidas, e mesmo sem querer, acabarmos escrevendo mais ou menos sobre as mesmas coisas... eta sincronia!! além de ambas serem leoninas...rrssr!!
um dia vou querer te conehcer pessoalmente, viu?? Sampa e Campinas é bem pertinho. beijos.
ps: às vezes é bom, não saber exatamente qual vai ser o destino... mas mesmo assim aproveitar a viagem /passeio...rssr!!

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Oi Lilly, também tenho inúmeros medos e acredito que o fundamental é vencê-los!

Muito bom teu texto, muito parecido comigo, com minhas tentativas de vencer meus medos!

bjs

Beth Blue disse...

Agora me diz uma coisa...dá pra não ter medo quando o caminho é conhecido, mas a gente sabe (por experiência) que a viagem é desagradável e o destino mais ainda???

Sei lá, são tantos caminhos nesta vida afora. Alguns a gente acaba refazendo no piloto automático. Aí é que mora o perigo.

Se é que você entende onde quero chegar...

Lilly disse...

É verdade, Val! É, acho que um dia a gente vai ter que se conhecer mesmo! Para nós é mais fácil, né? Encontrar com a Beth é que é mais difícil embora fosse uma perspectiva muito agradável também! Eu não conheço Amsterdam!

Márcia, que bacana é isso mesmo, continue tentando. O que acontece é que algumas vezes a vida também se encarrega pela gente. Aí um dia a gente se dá conta de que cresceu e se tornou mais forte

Beth, eu te entendo sim. Tem situações que não tem como não ter medo. Mas acho que estava pensando nas coisas mais simples, coisas que a gente tem medo por não conhecer, por não ter experiência. Aí depois que passa a gente se surpreende por ter complicado tanto algo que não era tão difícil assim. Quando somos mais novas, andar até a esquina é amedrontador. Aí a gente começa a sair de casa, viajar, falar com as pessoas, trabalhar, etc etc etc... Vou parando para não virar post! rs

Beijos a todas!

André Lima disse...

O medo como irmão gêmeo da curiosidade.

Leia "Da morte, odes mínimas" da Hilda Hilst.

Beijão!

Lilly disse...

Ai ai, tantos livros

Kilson disse...

Desejo que vc tenha sempre forças para enfrentar seus medos e escolher a estrada que deve seguir, traçando o seu destino.

PS: Querida, Deixei um presente para vc no meu Blog: (www.visaoestereoscopica.blogspot.com).
Depois passe lá e pegue!
Beijos