quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Fazendo contas
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Live the life you have imagined
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Food for the creative mind
A dica eu peguei no Noites em Claro. Vale a pena visitar. Um sopro de boa inspiração: Kelly Rae Roberts.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Slumdog Millionaire - A India de verdade
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Stella - O doce refúgio da leitura
Eu que ando para lá de atrasada nos lançamentos cinematográficos, consegui assistir ontem "Stella". Para ser sincera, o filme não me entusiasmou muito. Achei-o lento além da conta, a mãe, dona de bar, elegante demais para o nível do local... mas não deixa de ser um filme que eu recomendo. Vale a pena assistir pela sensibilidade e reprodução de época. Talvez a minha insatisfação tenha sido um pouco também pela comparação inevitável com o excelente "A culpa é do Fidel" que segue uma linha parecidíssima sendo entretanto infinitamente mais interessante e menos dramático.
Eu não levo desaforo para casa
Me ocorreu no outro dia que quem se utiliza da máxima "eu não levo desaforo para casa", paradoxalmente é o que mais leva o desaforo para casa.
Pessoas que proferem desaforos, normalmente estão desgostosas com a vida, num momento de surto de mau-humor ou passando por alguma situação difícil. Eu me refiro a desconhecidos como atendentes de lojas, vizinhos com quem temos pouco ou quase nenhum contato, motoristas de ônibus. Não vou entrar neste momento no mérito dos conflitos familiares ou de rusgas antigas, mesmo achando que a análise proposta também possa se aplicar nestes casos.
Eu diria que é um erro tomar determinada atitude desagradável de um desconhecido como "desaforo" pois a forma de agir dessa pessoa não tem absolutamente nada de pessoal em relação a nós. Ela não nos conhece o suficiente para elaborar em questão de segundos um ataque que tenha qualquer base na análise de nossa personalidade. Vou dizer, com o risco de me atrever demais, que quase sempre nos sentimos ofendidos neste casos como resultado de nossa própria insegurança interna, seja ela causada por um mal momentâneo ou por algum abalo mais sério em nossa auto-estima.
Agora eu explico porque ao "não levar o desaforo para casa", nós estamos de fato "levando o desaforo para casa". Se ao recebermos um suposto desaforo, reagimos a ele com alguma ofensa de qualquer nível, raramente a disputa pára neste ponto. O nosso coração acelera, a respiração fica mais pesada, por vezes a temperatura corporal aumenta, há quem sinta pressão nos olhos ou na cabeça, dependendo do grau de fúria que o embate possa ter provocado. E existe, não sei porque, mesmo após o episódio terminado, uma tendência do nosso cérebro a visitar e revisitar a situação várias vezes após o ocorrido, algumas vezes até propondo frases que poderiam ter sido ditas no lugar daquela que de fato foi usada. Há ainda o reviver da situação quando relatamos aos amigos o acontecido e a forma como enfrentamos a batalha.
Dona de uma personalidade explosiva, bem mais no passado do que no presente, tenho por objetivo, mesmo que nem sempre atingido, reprogramar esta frase. Na minha forma de ver, o verdadeiro "não levar desaforo para casa" ocorre quando ao recebermos qualquer atitude ríspida, nos isolamos do fato e do agente, percebemos que a pessoa que está do outro lado, preferencialmente merece a nossa compaixão e o nosso perdão, no lugar de nos tornar tão desgostosas ou agressivas quanto ela. O desaforo não nos segue pois é imediatamente esquecido. Nós não o levamos para casa.
Sim, sei que é muito difícil. Mas creio que é a solução.