quarta-feira, 15 de outubro de 2008

O tamanho das coisas

Estava lendo no outro dia o blog da Rosely Sayão, muito interessante para quem tem filhos ou contato com crianças e jovens:

http://blogdaroselysayao.blog.uol.com.br/

Num dos posts motivados pela proximidade com o Dia das Crianças, falando sobre aspectos da infância, ela usa um texto de Manoel de Barros, do qual extraio um trecho abaixo:

Achadouros
“Acho que o quintal onde a gente brincou é maior do que a cidade. A gente só descobre isso depois de grande. A gente descobre que o tamanho das coisas há que ser medido pela intimidade que temos com as coisas. Há de ser como acontece com o amor. Assim, as pedrinhas do nosso quintal são sempre maiores do que as outras pedras do mundo. Justo pelo motivo da intimidade."

Dias antes eu havia recebido por e-mail um ppt falando sobre o mesmo conceito, aplicado a pessoas, o fato de como uma pessoa se torna maior ou menor para nós dependendo de ações, da espontaneidade, do carinho, do envolvimento que ela tem conosco. Este texto estava creditado a "Ercília Ferraz de Arruda Pollice".

E no fim é isso mesmo. Meu quarto é meu mundo. É lá que leio os melhores livros, vejo alguns filmes e penso sobre a vida deitada na cama, olhando através da janela. Gosto dele na mesma medida em que gosto de viajar, sair e ver gente. Arrisco adicionar a este conceito de tamanho, que ele pode variar não só pela intimidade como pelo momento e o estado emocional em que nos encontramos.

Quem nunca se sentiu sufocado ao ar livre?

2 comentários:

Barbara disse...

Adorei a dica do blog. Eu e o André gostamos muito dos comentários da Rosely no rádio. Nunca me toquei que ela poderia ter um blog, claro!!!
Mudando de assunto, sei que ando sumida... E também meio muda :) Acho que estou numa fase meio introspectiva. Mas também não sei dizer o que está acontecendo... Com certeza, aquelas coisas de inconsciente. Só quando o produto está pronto é que a gente se dá conta do processo.
Ao contrário de você, ainda não consegui vencer o vício do chocolate e muito menos sair da inércia. Mais valeu o puxão de orelha ;) Super beijo, amiga!

Lilly disse...

Querida amiga,
cada pessoa sabe o momento certo de se mostrar ou de se recolher. Precisamos recarregar as baterias de vez em quando. E vc enfrentou muitas coisas esse ano. Estou sempre ao seu lado.
Beijão! :)