terça-feira, 31 de agosto de 2010

Nick Hornby - Juliet Naked

Sabe aquela máxima que diz que não se deve comprar um livro pela capa? Pois é, devo confessar, diria que quase sem nenhum pudor, que eu compro livro pela capa. A falta de pudor eu atribuo a um dos benefícios que a idade nos traz que é o de deixar de ter vergonha das coisas banais.

Estava um dia passeando na livraria e dei aquela passadinha pela seção de "pockets", dos quais sou fã confessa. Foi quando vi assim, numa pilha, vários livros do Nick Hornby, autor que sabia que tinha ouvido falar mas que não lembrava exatamente o quê.

Bom, aí comecei a manusear os livros e simpatizei com a sinopse de "Juliet Naked" (isso por que foi a capa que me causou maior impacto, deixando de lado a hipocrisia). Comprei o livro e ele ficou aguardando na minha fila.

Certo dia me disse uma amiga que estava querendo retomar as leituras em espanhol mas que andava meio sem paciência para os dramalhões da Isabel Allende ou as bizarrices de Gabriel García Marquez. Eu disse a ela que talvez houvesse alguma escritora de chick-lit espanhol, que poderia ser uma boa forma de retomar a leitura para depois passar a algo mais "sério". Pesquisando a respeito, me deparei com uma definição na wikipedia onde uma das informações passadas era a de que certos autores são classificados como lad-lit ou mais vulgarmente dick-lit. E figurava entre esses autores o "tal" do Nick Hornby.

Lembrei-me imediatamente do meu recém-adquirido livro. Pensei: "se for para ficar lendo sobre carros e mulheres, melhor trocar o livro". Pensamento preconceituoso, talvez o equivalente feminino ao pensamento masculino quando avalia um chick-lit.

Decidi manter o livro e iniciar a leitura. Para minha surpresa, não só a leitura está sendo agradável como extremamente atual. Eu diria que para um "guy", o Nick Hornby trata com extrema sensibilidade os sentimentos que acometem pessoas de uma idade um pouco mais avançada; questões como "o que foi feito da vida", "onde seus relacionamentos os levaram". Uma narrativa que intercala presente e passado, reflexões dos seus diferentes personagens e um estilo criativo e moderno, onde figuram iPods, blogs e sites populares.

Fiquei feliz com a decisão de manter o livro e dar uma chance a ele. Mais tarde fui pesquisar melhor e aprendi que ele também é o autor de "Alta Fidelidade" livro que não li mas cujo filme está na lista dos que mais aprecio e também do recente "An Education" (Educação) filme sobre o qual só ouvi bons comentários.

Devo dizer que não devo parar em "Juliet Naked".

10 comentários:

Pri S. disse...

Quanto ao educação, eu concordo, Lilly! É realmente MUITO bom. E se o filme é bom, acredito que o livro seja ainda melhor. Geralmente é...rs

Vc comprou o livro pela capa e julgou a sensibilidade do autor pelo gênero! rsrsrs Ainda bem que vc foi adiante e venceu o "preconceito" inicial. Pois eu não sabia que Educação tinha sido baseado num livro e me espanta ainda mais que tenha sido escrito por um homem, já que o tema está tão relacionado a questões femininas.

Valeu saber! :-) Bjos!

Beth Blue disse...

Pois não pare mesmo, eu já li quase tudo dele e Nick Hornby é ótimo! Fora ele, recomendo ainda o Tony Parsons.

Leia lá no meu blog:

http://bethblue.blogspot.com/2009/09/tony-parsons.html

http://bethblue.blogspot.com/2009/02/nick-hornby-para-adolescentes-etc.html

Lilly disse...

Pri, vi mas ainda não consegui ler em detalhes que você postou vários livros que leu no mês passado. Acho então que vc vai querer ser aventurar nesse escritor... ;-)

Beth, eu tinha CERTEZA que vc já tinha lido mas não pude procurar antes no seu blog. Vc sabe que eu sempre dou uma olhada nos livros e nos filmes, né? Vou ler suas resenhas! Obrigada! :-)

Beijos, meninas.

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Oi Lilly, que bom que você guardou e está se encontrando na leitura. Isso faz tão bem...

Adooooooooooro livros que me envolvem! bjs

Beth Blue disse...

Esqueci de dizer, meu favorito do Nick Hornby é o About a Boy (que também é um ótimo filme). E do Tony Parons são os livros Man and Boy e Man and Wife, ambos muito bons.

Boy deve ser porque tenho um menino em casa, né...adoro!!!

Lilly disse...

Hehehe, engraçado que no outro dia eu estava de novo passeando na livraria e fiquei pensando que About a Boy poderia ser o próximo.... :-))

3 x Trinta - Solteira, Casada, Divorciada disse...

Oi Lilly,

Dei esse livro de presente para o meu namorado, não faz muito tempo. Vou roubar e ler, hahaha!!! Fiquei com vontade agora.

O filme Educação, com roteiro dele, é ótimo. Recomendo.

Beijos,

Bela - A Divorciada

André Lima disse...

Ó, nos acusam de tanta coisa que, que não é por "comprar livro pela capa" que eu vou me preocupar... Compro mesmo, quero coisas legais na minha estante! rs.. Gostei da análise, tem uma coisa que é muito difícil de fazer que é superar a superficialidade num campo difícil, que é o da múltipla sensibilidade contemporânea, enfim.

Um beijo!

Lilly disse...

hahaha! Gostei... pois é, se a gente tentar se encaixar em tudo tá ferrado mesmo....

Beijo!

Valéria - Artes em Madeira disse...

Oie, estou colocando minhas visitas em ordem e passei pra desejar uma linda quarta pra vc.