quarta-feira, 13 de maio de 2009

Cruzeiro das Loucas

Tem coisas que a gente pensa que só acontecem em filme...

Assisti há umas semanas atrás o filme "Cruzeiro das Loucas". Preciso dizer que sempre fui fã de comédias. Desde as mais intelectuais até videos caseiros do Youtube, quase tudo me diverte. Esse filme, é daqueles bem canastrões americanos e tem umas cenas bem engraçadas.

Em linhas gerais, o filme é sobre dois solteiros que pensam em se dar bem num cruzeiro mas que por uma vingança do agente de viagens, acabam num cruzeiro gay. Após uma série de situações cômicas, há um momento em que se notifica aos tripulantes que há um outro navio à deriva próximo a eles.

Eis que ocorre um resgate de uma dezena de escandinavas loiras (obviamente) e gostosonas. Bem ao estilo "Baywatch", peitão e maiô vermelho.

Numa certa segunda-feira, onde eu passei um dia infernal e saí muitíssimo tarde do trabalho, após um final de semana de marasmo total, recebi um telefonema de uma amiga. Ela também estava num humor complicado. Combinamos de nos encontrar num bar e chorar as mazelas.

Estávamos lá, naquele movimento de segunda-feira, bar vazio. O bar que frequentamos assiduamente e que nunca teve música ao vivo, naquele dia tinha um triozinho que ironicamente cantava tudo o que se possa imaginar de depressivo, de Coldplay a Kansas, no estilo o mais "Dust in the wind" que se possa imaginar.

Após uma hora de lamentações passadas e futuras (apesar de que mesmo no meio da lamentação eu sempre encontro momentos de bom-humor, como já relatei anteriormente), fizemos uma pausa num determinado momento. Parecia pausa programada, daquelas de filme. Pausa em que a gente pára os olhos num determinado ponto, vê uma cena que inicia e não acredita no que está vendo. Digamos assim, que se fosse filme, eu abriria a boca e esfregaria os olhos.

Entravam no bar, um após o outro, cerca de 17 gringos. Minha amiga achou que eram alemães. Eu, não sei porque, cismei que eram suecos. Foram entrando e se aproximando de uma mesa em frente à nossa. Ficamos as duas, tal qual os americanos do "Cruzeiro das Loucas" observando incrédulas em plena segunda-feira de bar vazio, as beldades escandinavas que se acomodavam na mesa em frente. Tinha um que era a cara do vocalista do A-ha nos áureos tempos (tudo bem, ele não é sueco). Mas só para sentir o drama.

No fim, foi só isso. Mas que foi legal, foi.

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