segunda-feira, 18 de maio de 2009

Desconstruindo a relação moderna

Eu fiquei pensando numa coisa muito controversa hoje se pensarmos em termos de auto-ajuda e de feminismo. Todo animal possui um instinto de procurar o seu oposto: macho ou fêmea.

Fiquei também pensando no amor de mãe e filho. Do amor incondicional. Pode ser que nem sempre a mãe consiga suprir o amor do filho. Mas é verdade que todo filho busca o amor da mãe. Isso é instinto.

Pessoas sofrem a vida inteira porque não conseguem encontrar um amor verdadeiro. Que não seja para sempre, mas que seja significativo ao menos uma vez.

Aí é que entram as fórmulas baratas de felicidade: você não precisa de um parceiro romântico, existem outras coisas boas na vida. Dedique-se ao esporte, a fazer bem aos outros, você pode fazer sexo sem amor.

Vai tomar no cúúúúúúúú (estou exorcizando, meninas do Inferno Astral). Não seria meio que instintivo as pessoas procurarem o sexo oposto? Não seria o instinto, que também faz parte de nós, interferindo no racional? Tudo bem, a gente pode até compensar de alguma forma. Mas essas outras coisas não substituem totalmente.

E de novo, como no post passado. Quem deseja se apaixonar, quem sonha com o amor, de repente virou fraco. Existem tantas coisas boas na vida, porque você só pensa em se apaixonar? Você nunca estará sozinha, tem filhos e amigos e isso é suficiente.

Se fosse suficiente, as comédias românticas não seriam sucesso de bilheteria e não teria tanto músico escrevendo letra de amor por aí.

E tenho dito.


4 comentários:

3 x Trinta - Solteira, Casada, Divorciada disse...

Oi Lilly,

Eu concordo com vc: no fundo, todo mundo quer se apaixonar mesmo, é vero.

Só acho que algumas pessoas passam dos limites nessa busca, confundem amor com dor, humilhação, falta de respeito consigo mesmo, obsessão.

Dei o livro da Marta Medeiros para a minha mãe, sabia? Vou roubar dela para ler, me pareceu interessante. E acho que sei quem é essa francesa: ela meio critica o fato de ter filhos, né? Mas é mãe tb, não é isso?

Beijão,

Bela - A Divorciada

Lilly disse...

Bela,
estou amando as crônicas, desse tipo de coisa que faz a gente perceber que não está sozinha, que muitas pessoas passam por experiências iguais. Eu não conhecia a escritora. Voltei no livro e a crônica é "As verdadeiras mulheres felizes" e a francesa mencionada, Eliette Abecassis. Ela é mãe sim.

Beijos!

Cacau! disse...

Suficiente é o que o seu coração pede. Se é que existe suficiente, o bom é more, more, more...

Lilly disse...

É... é que as pessoas tentam nos convencer quando o romance nos falta de que a gente não precisa. Precisa sim, a gente pode se distrair com outras coisas mas no final sempre precisa... ;)