quinta-feira, 2 de abril de 2009

Elevador polonês

Quando eu estava na 5a.série, antes de tocar o sinal do fim do recreio, já tinha que sair correndo para entrar na sala de aula. Era o seguinte: os meninos iam se enfileirando antes de entrar na sala para fazer corredor polonês e bater nos outros que entravam.

Pois é, menino é assim mesmo. Eles têm essas brincadeiras.

Não que eles fossem bater na gente, não batiam, mas se desse um azar de estar perto na hora, podia sobrar alguma coisa para as meninas também. Isso acontecia quando eu tinha lá pelos meus 11 anos.

Anos mais tarde, uma das minhas melhores amigas mudou-se para um prédio quase ao lado do meu. E eu ia lá com muita frequência. O irmão dela tinha muitos amigos e a gente acabava conversando muito com eles, jogando WAR, essas coisas mais de adolescentes. Nós éramos as únicas duas meninas de um grupo grande de meninos. Eventualmente vinha uma terceira.

Pois aos 16 anos mais ou menos, a história se repetia. Porque quando os nossos amigos entravam no elevador, que tem apenas 4 cantos, eles corriam cada qual para um canto. E quem sobrasse no meio, ia apanhando do térreo até o último andar, onde a minha amiga morava. Ou o contrário. Da cobertura até o térreo. E posso dizer, que por pelo menos umas duas vezes, eu e minha amiga nos metemos no meio da confusão, sem efetivamente apanhar, mas assustadas com a confusão de um elevador chacoalhando, onde se distribuiam socos e ponta-pés.

Menina que convive com menino é assim. A gente não entende porque eles fazem essas coisas. Mas a gente acaba se acostumando.

4 comentários:

Pat Ferret disse...

E o pior é que eles crescem, mas não mudam... Apenas passam a bater de outras formas... ;-)

Barbara disse...

Saudades de nossas conversas que atravessavam a noite, das risadas sem porquê, da cumplicidade, enfim... era muito divertido. Escrevendo aqui agora lembrei daquela passagem de ano que o André (esqueci o apelido) passou mal e vomitou tudo. Lembra??? Ele vomitou a alface inteira!!!! Rsrsrs. Desculpe a lembrança nojenta :)

Cacau! disse...

Minha filha... Bateu, levou... Minha mão pode ser leve, mas a língua é pesada!!!!

Lilly disse...

Babi,
essa história do chupeta é nojenta mas é uma das coisas mais engraçadas que eu já presenciei na minha vida... rsrs
bjs!