segunda-feira, 6 de abril de 2009

Sobre as despedidas


O ano é 87, creio eu. Início de 87. Quatro amigos num maverick vermelho. Conversa, palhaçada, como sempre. Ouvindo música no rádio, daqueles prazeres simples que a gente se esquece às vezes de praticar. No meio da conversa, uma música triste no rádio. Ou talvez a música nem fosse tão triste, tornou-se melancólica devido ao sentimento implícito neles do que estava por vir.


Pausa para reflexão. Fim de uma fase, objetivos diferentes. O ciclo de convivência de dois anos chegava ao fim. E foi então que vieram as lágrimas. Poucas, escorrendo devagar pelo rosto. Se todos choraram não saberia dizer. Mas com certeza duas choraram. Pois para elas, o ciclo de 2 anos na verdade foi a consolidação de uma amizade desenvolvida ao longo de 10 anos de convivência.

O que eles não sabiam, ou não se deram conta naquele momento foi que o que parecia um momento único seria um entre vários que enfrentaram ou ainda enfrentariam na vida. As pessoas chegam e vão. Por motivos previsíveis ou não, com tempo para curtir antes da despedida ou sem direito a despedida. Seria arriscado dizer que certa pessoas vêm com um propósito e depois que a missão termina, elas se vão? Ou se vão por um tempo e depois voltam.

É por isso que não adianta sofrer por antecedência, não adianta sofrer por aquilo que ainda está por vir. É preciso viver com intensidade e alegria o momento para que quando finalmente chegue a hora, seja possível lembrar do que foi bom. E se a gente apreende esse sentimento, de viver o que há de bom na vida, seja ao sentir o sol da manhã batendo no rosto ou de viver grandes realizações, o sofrimento diminui e a gente consegue dar um tom de permanência à felicidade pois há quem diga que a vida na verdade é feita de momentos felizes.

Deus quis que aquelas amigas se reencontrassem da maneira que a vida lhes permitiu. Se o contato não pôde ser mais diário, pelo menos foi duradouro no sentido de que mesmo à distância, o sentimento de intimidade, sinceridade e de bem-querer perdurasse ao longo dos anos.

5 comentários:

Cacau! disse...

Que bom q a vida nos dá oportunidades de reencontro, que bom que aproveitamos. Pq o Maverick, coitado, já se foi e sem volta!

Lilly disse...

Xi, será que o Maverick já foi mesmo... aquilo era uma peça de colecionador... ;)

Barbara disse...

O Maverick foi vendido para uma equipe de corrida. Uma pena,tenho saudades do ronco daquele motor... Mas o problema é que o bichinho bebia gasolina. Rsrsrs

Cacau! disse...

Menina, tava falando da marca "Maverick", não desse carro que eu nem sei de quem era...

Lilly disse...

hehehehe... relaxa... o bom é que no fim fomos informadas do paradeiro dele... ;)