terça-feira, 24 de março de 2009

No olho do furacão

Certa vez eu quase me envolvi num acidente. Eu descia um viaduto numa velocidade alta, entrei na curva ainda em alta velocidade e o veículo que tinha problemas de suspensão e um volante hidráulico não muito confiável rabeou. Foi inabilidade minha. Acostumada a dirigir carros mais novos e estáveis, eu não me dei conta de que a velocidade com que eu entrei na curva não era adequada.

O carro foi para um lado, eu acertei para o outro, fiquei por alguns segundos nessa luta de tentar colocar o carro reto na rua de novo. Fui num ziguezague fora de controle até conseguir assumir o controle novamente. E para piorar, posso dizer que no momento em que o carro saiu do meu controle pela primeira vez, esteve há pouco de capotar.

Quando consegui voltar ao normal, minhas pernas tremiam como geléia e eu mal conseguia acelerar para chegar no trabalho que já estava bem próximo.

O surpreendente nisso tudo é que apesar do episódio não durar mais do que alguns segundos, nos quais o meu coração batia forte e eu tentava segurar o carro, pude perceber várias cenas que se desenrolavam em volta. O pedestre assustado assistindo tudo da calçada, os carros que freavam atrás de mim, os carros que eu tentava não atingir na minha frente.

Foi uma cena de poucos segundos, parecendo de filme, onde a gente apesar da velocidade assiste tudo em câmera lenta. E no final, vergonha.

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