Quando eu era adolescente, lembro-me que algumas amigas me diziam que o sonho delas era ser mãe. Eu nunca tive esse sonho. Entretanto, devo confessar que uma vez grávida, eu me transformei. Todo o meu pensamento ficava voltado a tentar imaginar como seria o bebê que eu gerava em meu ventre e em como seria a minha vida a partir dali.
Hoje, caminhando na hora do almoço pela empresa onde estou prestando serviço, parei a pedido de uma amiga para observar os bebês do berçário. Sim, porque nessa empresa, há um berçário lindíssimo onde os bebês das funcionárias ficam enquanto elas trabalham. O berçário é dividido em 3 ou 4 partes de acordo com a faixa de desenvolvimento.
Há algo de primitivo que faz com que as mulheres desejem bebês. Parada ali, apoiada na divisória do berçário, eu lembrava dos meus filhos quando eram bebês. Da pele perfumada e macia. Pés cheirosos, cabelo sedosos. Embalá-los nos braços ao som de uma cantiga de ninar. Amor incondicional.
Voltando um pouco antes no tempo, devo dizer que a gravidez é uma das experiências mais prazeirosas na vida de uma mulher. Apesar do enjôo e da ansiedade, a partir do final do 4o. mês quando a barriga começa a despontar com sua rigidez inconfundível, inicia o prazer de ser mãe. Sentimos a movimentação interna, o desenvolvimento quase que diário, a plenitude da continuação da vida, a sensação de não estarmos sozinhas.
Creio que esse será um desses raros prazeres que eu não poderei mais vivenciar na minha vida. Mas devo dizer que é algo inesquecível. Que faz com que uma mulher nunca mais possa olhar uma barriga de grávida sem suspirar.
Um comentário:
Plenamente de acordo! ;)
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