Chamou-me atenção várias vezes ao ler artigos sobre grandes escritores que muitos deles relatam que escrever é um processo doloroso. Isso ficou na minha cabeça um dia.
Sobre ser doloroso fiquei na dúvida: quem nasceu primeiro? O ovo ou a galinha? A dor ou a escrita? Por que comigo é assim: aconteceu algumas vezes de em momentos de sentimento extremo, seja de dor, ansiedade ou melancolia, escrever posts que se tornaram os meus preferidos ou que foram muito comentados. De onde concluo que o processo criativo tem muita ligação com o sentimento. E talvez grandes explosões emocionais realmente provoquem criações mais exuberantes.
Acho que por doloroso podemos entender também auto-crítica. Digamos que para mim é fácil, eu que estou aqui despretensiosamente escrevendo. Se alguém lê o meu post e comenta, é alegria. Lucro. Por que eu escrevo por que gosto e preciso. Mas o escritor tem toda a pressão do público e da mídia. E sejamos francos, a tendência das pessoas é na maior parte das vezes criticar e não elogiar. Então concordo que seja doloroso. Porque acabam existindo fatores de preocupação limitantes que eu, por exemplo, não tenho. Não gostei do que eu mesma escrevi: coloco um marcador "boring" que eu criei e pronto. E o espantoso é que às vezes eu acho "boring" e no fim alguém acha engraçado ou lembra de outro fato. No fim, de que vale se criticar tanto...
2 comentários:
Escrever é para mim um ato doloroso quando exponho de forma tão sincera fatos e sentimentos amargos, que me causaram sofrimento. O bom disso tudo é que há uma libertação imensa em se permitir a compartilhar isso tudo, palavras que jogam mágoas ao vento, pedras que são arrancadas do peito e lançadas a distância...
De onde concluo que o processo criativo tem muita ligação com o sentimento. E talvez grandes explosões emocionais realmente provoquem criações mais exuberantes.
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Concordo em gênero, número e grau. E digo mais, ecrever pra mim não é simplesmente um prazer mas uma necessidade. Tem vezes que passo dias inquieta com um texto que não quer sair da cabeça até que pluft...lá está ele. Para meu grande alívio! :-)
O chato é que tenho blog há quase 3 anos e percebo que tenho me auto-censurado cada vez mais, não escrevo mais o que vem pela cabeça como fazia antes. Aprendi a duras penas que precisamos nos preservar. Uma lástima, porque a minha vida sempre foi um livro aberto.
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