terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O marketing da natureza

Quando vejo televisão com os meus filhos ou quando eles comentam de algum comercial infantil, eu sempre explico para eles que quem faz o comercial quer vender, que nem sempre o produto mostrado é bom ou tem os efeitos que a propaganda promete.

Fico ouvindo umas histórias e pensando sobre a vida. O homem é bicho esperto. Observa, analisa, inventa. O marketing da televisão não é diferente do marketing da natureza. Do instinto básico como o que faz com que o pavão exiba a sua cauda para a fêmea.

As pessoas se apaixonam como quem compra pacotes de biscoito. Acham a embalagem bonita. Imaginam um biscoito de chocolate e quando começam a comê-lo, percebem um tanto de creme que não era o exato sabor, mas continuam atraídas pela ilusão da embalagem. Comem o pacote inteiro e só então se dão conta de que o sabor desejado não era exatamente aquele. Mas a propaganda continua lá, latejando, como o monitor de lcd do metrô ou do elevador, que não faz esquecer. A valorização da embalagem sobre o conteúdo. E se não conseguem comprar mais, ficam para sempre com a ilusão de que aquele era o sabor ideal, mesmo sabendo no fundo, que não era.

Não sei se é culpa delas. O homem se acha racional mas tem instinto. E o instinto por vezes domina a razão.

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