quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Pequenas coisas que mudam o dia da gente

Vou ser sincera. A gente tapa o sol com a peneira. Ninguém gosta de encarar a verdade. Até que ela entra na frente da gente na forma de dificuldade a ser enfrentada.

Desde ontem eu só penso em morte. Morte rápida, morte lenta. A função da morte. Carma. Vida após a vida. Eu me prometi no passado a utilizar o blog como forma de externar sentimentos de uma forma positiva. Descobri que pensar sobre morte não é algo negativo. Dependendo da forma como se pensa, se for reflexiva, se tirarmos destes pensamentos ensinamentos, é enriquecedor. Pensar sobre a morte, repito, não é negativo. É necessário em algum ou vários momentos, ao longo da vida. É ponto de parada, dor e reflexão. É melancólico mas não negativo. Por que faz parte do ciclo da vida. Eu estou convivendo com a morte. Mas ontem nasceu o filho de uma amiga. A vida é assim.

Eu abri o meu Orkut e recebi uma surpresa. Há 2 dias atrás, estava escrevendo e ouvindo músicas do meu Itunes de forma alfabética. Entre uma faixa e outra, entrou a célebre saudação do Supertramp no show do álbum duplo "Paris". Não sei por que cargas d'água a saudação entrou lá e a música seguinte não, mas ficou no ar o prenúncio dessa canção.

Eu entrei no Orkut e escrevi no meu status: "Bonsoir, Paris". Como um enigma, uma frase que ficasse para quem quisesse entender que o que vinha depois era parecido com o meu estado de espírito. "The logical song", o que eu ouvia na minha cabeça era o seguinte refrão:

"When I was young,
it seemed that life was so wonderful,
a miracle, oh it was beautiful, magical.
And all the birds in the trees,
well they'd be singing so happily,oh joyfully, oh playfully watching me.
But then they sent me away to teach me how to be sensible,
logical, oh responsible, practical.
And then they showed me a world
where I could be so dependable,oh clinical, oh intellectual, cynical.

There are times when all the world's asleep,
the questions run too deep
for such a simple man.
Won't you please, please tell me what we've learned
I know it sounds absurd
but please tell me who I am..."

Deixei a frase lá. Teve gente, eu creio, que entendeu que eu tava com saudades de Paris. Hoje pela manhã, entrei nos recados e tinha o seguinte, escrito por um amigo:

"Bonsoir Paris et bienvenue a une soiree avec Supertramp! Nous sommes très heureux de jouer a Paris...."

É amigo. Você matou a charada. E eu fiquei com um sorriso nos lábios.

2 comentários:

Anônimo disse...

É, tema complexo...
Eu, infelizmente, ainda vejo como uma interrupção, um fim, sei lá...algo ruim, doloroso.Mas é certo que sofremos e crescemos !
;)
Aí, e Hide in Your shell ?
Adoro !!!!
P

Lilly disse...

Não acredito... tô preparando um post... só posso dizer que tem Hide in your shell nele...