Uma coisa que me intriga desde criança é a imagem que vemos de nós mesmos versus a essência (alma) que existe dentro de nós.
Já falei anteriormente que por volta dos meus 5, 6 anos, uma vez me olhei no espelho e fiquei me perguntando se o que eu via ali, a menina de "maria-chiquinha" era a mesma que pensava, a voz que falava na cabeça.
Por volta dos meus trinta e poucos anos, me senti subitamente muito envelhecida. Eu me olhava no espelho e pensava: "esta imagem não corresponde ao meu sentimento". Eu me sentia mãe de dois, trabalhadora, profissional experiente mas ao mesmo tempo plena, experiente e sobretudo jovem. A mesma jovem que gostava de balada, de se vestir bem, de ouvir rock e pop, de fazer piadas.
Passaram-se mais alguns anos. Rejuvenesci na imagem. Fatos trágicos aconteceram na minha vida que motivaram amadurecimento, experiência de vida. Mas continuei gostando das músicas atuais, de videogame, de me vestir de forma jovem.
Tenho impressão de que os anos vão passar, as rugas vão eventualmente aparecer (desculpe se Deus me dotou de sangue oriental) mas a alma vai permanecer jovem. Alegria de viver, de cantar, de fazer academia, de ser vaidosa, de ouvir boas canções.
Sim, assim vai ser. Se Deus quiser.
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