Havia um tempo em que eu queria entender as coisas. Eu buscava a causa, o significado. Com o tempo estou me dando conta de que em muitas coisas na vida não interessa o porque. Interessa é saber como vamos interagir com as situações e o que podemos fazer para torná-las no mínimo toleráveis. É necessário ser prático, "sin perder la ternura jamás".
Quando eu digo, "é necessário ser prático", digo por ser conclusão minha aprendida na experiência. Por que outra coisa que estou aprendendo com o tempo é a ser cada vez menos rígida, não afirmar as coisas como regra geral, ser menos moldada e ter menos expectativas em relação às pessoas baseadas nos meus entendimentos segundo o que a minha visão alcança.
Um dia desses, empolgada com o perfil "cult" da minha locadora, eu resolvi tirar o atraso do cinema nacional e selecionei na prateleira o filme "Cristina quer casar". Comecei a assistir o filme e tudo me pareceu muito familiar. O fato é que eu já havia assistido o filme... rsrsrs... Confusões à parte, chamou-me a atenção um momento em que Cristina, desesperançada e desolada com o imbroglio em que se encontrava, confidencia no balcão do bar que: "tudo parecia tão simples, em princípio era estudar, arrumar um emprego, conhecer um cara legal, casar e ter filhos".
Eu me pergunto quantos de nós diariamente nos fazemos essa pergunta. Alguns por que não encontram emprego, outros porque são gays, outros por que não encontraram a pessoa especial, aqueles que não conseguem ter filhos e por aí vai... Várias pessoas que seguem rumos diferentes, que deveriam buscar o seu próprio caminho mas que muitas vezes fixam-se naquilo que acham que é o modelo da normalidade na vida. E por não enxergarem outras alternativas acabam se sentindo infelizes e frustradas quando na verdade podia ser diferente.
3 comentários:
nossa, to c um post em rascunho p falar sobre quando naum nos adaptamos ao padrão da sociedade...
acho q a questão nem é se adaptar a outros modelos, mas a sociedade aceitar outras conjunturas... é bem complicado ser diferente... bom, mas discorro mais sobre no meu post heehehhehe
bjs
Tessa,
aguardo ansiosamente o seu post. As pessoas mesmo quando se acham dentro do padrão, são mais fora do padrão do que imaginam... nossa, viajei. Quem não entende isso não amadureceu ainda. E como se diz no popular, a vida ensina.
ADOREI o selinho. E já postei. Valeu!!!
Beijão.
Nossa, nem me fale em normalidade. Nessas horas lembro do Caetano: de perto ninguém é normal. E há tempos descobri que pra mim é assim. Nunca foi tão infeliz do que quando casada e com bebê no colo. Sim, o sonho de muitas mulheres e pra mim era só a pergunta: a vida então é isso?
A verdade é que eu fui e sempre serei uma ovelha negra, criando meus próprios caminhos.
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